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Tema: PROFISSÕES

Orgão de imprensa: CORREIO DE NOTÍCIAS

Data da notícia: 02-05-1903

Ano: Ano: XXX

Número:

Dia da semana: Quinta-feira

Página: 1

Coluna: XXXXXXXXXX

Caderno:

Manchete: GREVE

Texto:

Por comunicação do major Augusto Lopes ao chefe da segurança pública, sabe-se haver cessado a greve dos trabalhadores do fumo, em Santo Antônio de Jesus, tendo estes voltado ao trabalho.

Tema: PROFISSÕES

Orgão de imprensa: CORREIO DO BRASIL

Data da notícia: 23-01-1904

Ano:

Número: nº XX

Dia da semana: Sábado

Página: 2

Coluna: XX

Caderno:

Manchete: EDITAIS Intendência municipal

Texto:

Pela secretaria da Intendência municipal desta capital e de ordem superior, faz-se público que deverão vir matricular-se nesta secção, até o dia 8 do próximo vindouro mês, engraxadores, ganhadores de conto ou, cais, cocheiros, condutores de bondes, motorneiros, carroceiros, aguadeiros, jardineiros, criados de qualquer serviço domestico vendedores de leite, frutas flores, doces, etc., de acordo com as leis em vigor, não podendo exercer a profissão aquele que não satisfazer essa obrigação legal, por cuja infração incorrerá nas penas culminadas, nas posturas e regulamentos respectivos.
É de 5$250, inclusive taxa, a importância dessa matricula, na forma do n.127, do art.4 da receita orçamentária municipal, votada para o corrente exercício
Secretaria da Intendência Municipal da capital do estado da Bahia, 23 de janeiro de 1904_ O secretario, Francisco Luiz da Costa Drummond.

Tema: RAÇA

Orgão de imprensa: A BAÍA

Data da notícia: 09-11-1903

Ano: Ano: VIII

Número: nº: 2311

Dia da semana: Sexta-feira

Página: 1

Coluna: 6

Caderno:

Manchete:

Texto:

A Kelnische Zeitung publica, numa minuciosa estatística, as seguintes notas de linchamentos na América do Norte:
De 1885 a 1900 nada menos de 2516 indivíduos foram linchados nos Estados Unidos. Desses, 1678 eram negros, 804 brancos, 2 índios, 9 chineses e 7 mexicanos. No total figuram 20 mulheres.

Tema: RAÇA

Orgão de imprensa: A BAÍA

Data da notícia: 29-09-1903

Ano: Ano: VIII

Número:

Dia da semana: Terça-feira

Página: 1

Coluna: 5 e 6

Caderno:

Manchete: Na América do Norte A VIDA NO CAMPO

Texto:

Em casa do milionário George Goul, num sábado.
É também em Long Sland, Laskewood, que se acha a propriedade de M. George Gould, o chefe da família desse nome, depois da morte do fundador da dinastia.
{...}
M. Gould é um homem moreno, de uns quarenta e tantos anos de idade, curto bigode negro, olhos vivos e inteligentes, fisionomia enérgica e severa.
No discurso da minha visita na Court, detivemo-nos um pouco no escritório de M. George Gould, porque, mesmo do campo, é indispensável que os bilionários trabalhem.
Uma vez que tinha diante de mim um dos homens mais ricos e poderosos da América, aproveitei a ocasião para fazer-lhe algumas perguntas...
__Não trabalho para ganhar mais dinheiro, respondeu o Sr. Gould, em tom muito amável, pois sou bastante rico para satisfazer todos os meus caprichos. Trabalho para aumentar o meu poder...

Tema: RAÇA

Orgão de imprensa: A BAÍA

Data da notícia: 20-10-1903

Ano: Ano: VIII

Número: nº: 2344

Dia da semana:

Página:

Coluna: 2

Caderno:

Manchete:

Texto:

O prejuízo de raça nos Estados Unidos da América do Norte é coisa que não admite meio termo, sobretudo nos Estados do sul. A consideração com que o atual presidente Roosevelt trata os negros, já tem causado sérios abalos em seu prestigio de homem político.
Não há muitos dias, uma criadinha dum hotel em Indianópolis, muito orgulhosa de sua raça, recusou fazer a cama de M. Booker Washington, excelente escritor, diretor de pequenos grinhos.
Os jornais da respectiva localidade não perderam termo em suas subscrições em favor da criadinha e em menos de três dias, havia ela recebido mais de três mil francos.

Tema: RAÇA

Orgão de imprensa: A BAÍA

Data da notícia: 16-02-1905

Ano: Ano: X

Número: nº: 2714

Dia da semana: Quinta-feira

Página: 1

Coluna: 1

Caderno: Telegramas

Manchete: OS DISCURSOS DO PRESIDENTE ROOSEVELT

Texto:

No banquete em que se realizou aqui, em comemoração do centenário do Lincoln, o Sr. Theodoro Roosevelt, presidente da República, foi alvo de grandes aclamações.
{...}
Nesse banquete o Sr. Roosevelt pediu que fossem considerados como iguais aos brancos os homens de cor.
{...}

Tema: RAÇA

Orgão de imprensa: A BAÍA

Data da notícia: 15-08-1905

Ano: Ano: X

Número: nº: 2859

Dia da semana: Segunda-feira

Página: 2

Coluna: 4

Caderno:

Manchete: VÁRIAS

Texto:

Como se sabe, a população preta dos Estados Unidos é superior a nove milhões.
Uma escritora francesa que a conhece de perto, consagrou-lhe um livro no qual examina todas as questões relativas ao seu presente, passado e futuro.
Conclui-se no livro que a raça negra não tende a extinguir-se nos Estados Unidos, antes pelo contrario. Um dos mais autorizados desta praça, o notável sociólogo Tobias, é de opinião que a raça branca vai degenerando, tanto física quanto moralmente.
Os Ianques perdem quase na flor da vida o cabelo e dentes; padecem horrivelmente do estômago e os suicídios e loucuras dão-se em muito maiores proporções nos brancos do que nos pretos.

Tema: RAÇA

Orgão de imprensa: A BAÍA

Data da notícia: 13-11-1905

Ano: Ano: X

Número: nº:2932

Dia da semana: Segunda-feira

Página: 1

Coluna: 2

Caderno:

Manchete: HOMENS DE COR

Texto:

O Sr. Roosevelt, presidente dos Estados Unidos em discurso pronunciado em 24 de Outubro último, em Mobili, estado do Alabama, exortou os estudantes locais a se mostrarem um exemplo de sobriedade e aconselhou uma conferencia entre os brancos e a gente de cor, no intuito de suprimir todos os motivos de desavença. O futuro do sul da República – disse o presidente – só entrará em franca realização quando todas as raças da população se submeterem ao espírito e à letra da lei.

Tema: RAÇA

Orgão de imprensa: A BAÍA

Data da notícia: 06-10-1908

Ano: Ano: XIII

Número: nº: 3691

Dia da semana: Quarta-feira

Página: 2

Coluna: 6

Caderno: Telegramas Estrangeiros

Manchete: ESTADOS UNIDOS Luta de raças

Texto:

WASHINGTON,8.
Deram-se em Chicago sérios conflitos entre brancos e negros, saindo 15 destes e 8 daqueles mortos.

Tema: RAÇA

Orgão de imprensa: A BAÍA

Data da notícia: 22-05-1903

Ano: Ano: VIII

Número: nº: 2223

Dia da semana: Sexta-feira

Página: 2

Coluna: 1

Caderno:

Manchete: O PRESIDENTE ROOSEVELT E A QUESTÃO DOS NEGROS

Texto:

O presidente Roosevelt dirigiu ao povo americano uma mensagem não oficial, sob a forma de carta, ao Sr. Clark Howell, redator-chefe do Atlanta Constitution da Georgia, em defesa da sua política com relação aos negros.
A sua defesa não é nova nem era necessária para aqueles que simpatizam com os seus intuitos e não é convincente para os que lhe são contrários.
Ele repete que sempre considerou o caráter, a aptidão e os talentos, e não a cor, como os elementos próprios para fazer as suas nomeações. Não considerara a cor, assim como o credo religioso como um obstáculo para ocupar cargos públicos, como também não constitui elementos de preferência. Discute as suas nomeações e as aprova. Diz que a proporção dos negros nomeados é de um para cem...
Sobre os brancos do Sul esta apologia não produzirá o menor efeito. O presidente não desfaz ao seus argumentos mais fortes. Todo o Sul branco é contra ele. Acusam-no de querer adquirir popularidade junto aos negros, a fim de conseguir delegações....
Os amigos do Norte não compartilham de semelhante maneira de ver, mas também não aceitam unanimemente a sua política...
Lembram-lhe que a 14. Emenda à Constituição conferindo o direito de cidadão ao negro, e a 15. concedendo-lhe o voto, não seriam no momento atual adotados. Dando credito ao presidente Roosevelt nesta, como em outras questões, de pureza de intuitos lamentam que ele se sentisse obrigado a sustentar os interesses dos negros nesse particular. Lembram-lhe que o Sr. Booker Washington, o chefe da raça negra, queria que os seus irmãos, não se metessem em política e volvessem toda a sua atenção para a instrução e a indústria, como seus verdadeiros meios de desenvolvimento...
Essa questão dos negros é, de fato, uma de muitas em que o presidente Roosevelt não tem a seu lado todo o seu partido.

Tema: RAÇA

Orgão de imprensa: A BAÍA

Data da notícia: 24-07-1903

Ano: Ano: VIII

Número: nº: 2273

Dia da semana: Sexta-feira

Página: 2

Coluna: 4

Caderno: Notas do Estrangeiro

Manchete: OS NEGROS NOS ESTADOS UNIDOS

Texto:

Continua encarniçada na América do Norte a campanha contra os negros, especialmente nos estados do sul (antigos estados escravocratas) dando lugar a incidentes de toda ordem, alguns trágicos, outros cômicos. É desta última categoria o que vamos narrar:
O famoso chámpion da raça africana M. Booker Washington, escritor distinto e provisor de um colégio de negros, negro puro sangue ele mesmo, achava-se de passagem em Indianópolis.
A criada do hotel em que se hospedava o Sr. Booker recusou-se a servi-lo à mesa e preparar-lhe o quarto, dizendo que não se rebaixaria nunca a servir um sale negré! O dono do hotel despediu-a imediatamente. Na mesma noite, porém, um jornal abria uma subscrição em seu favor, sendo quem já atinge a importante soma de 200 CONTOS, uma verdadeira fortuna como se vê. O dono do hotel foi vaiado e por pouco que o não lincham, assim como o seu hospede.

Tema: RAÇA

Orgão de imprensa: A BAÍA

Data da notícia: 08-06-1903

Ano: Ano: VIII

Número: nº: 2284

Dia da semana: Quinta-feira

Página: 1

Coluna: 3

Caderno:

Manchete: SEM MANCHETE

Texto:

Um correspondente da Tribuna de Chicago, que está visitando os Estados do Sul da União americana, tem mandado cartas do seu jornal afirmando que ali existe ainda o sistema de “peonagem”.
Diz ele que em muitas partes existe verdadeira escravidão. Os negros não podem deixar as lavouras e ir trabalhar em outra parte e não se lhes permite viajar em estrada de ferro. Se eles dizem que não podem trabalhar porque estão doentes, aplica-se-lhes o chicote exatamente como antes da guerra. Esta escravidão esta legalizada na Georgia, e no Alabama por leis que permitem a um homem branco pagando a multa de negro, ter o negro em cativeiro enquanto essa divida não estiver paga. O resultado é que os brancos levantam falsas acusações contra os negros, tomam conta deles e depois os conservam permanentemente em cativeiro.

Tema: RAÇA

Orgão de imprensa: A BAÍA

Data da notícia: 08-12-1903

Ano: Ano: VIII

Número: nº: 2294

Dia da semana: Quarta-feira

Página: 1

Coluna: 5

Caderno:

Manchete: NOTAS DO ESTRANGEIRO

Texto:

Os homens de cor nos Estados Unidos, cidade de Coloradosprings, no Estados do Colorado, realizaram ali um meeting no qual, por proposta endereçasse ao papa uma mensagem, pedindo a intervenção do novo chefe da igreja católica a favor da questão de raça.

Tema: RAÇA

Orgão de imprensa: A BAÍA

Data da notícia: 20-05-1903

Ano: Ano: VIII

Número: nº: 2790

Dia da semana: Sábado

Página: 2

Coluna: 3

Caderno:

Manchete: VÁRIAS

Texto:

Acaba de se inaugurar solenemente em Chicago em grande teatro negro, para indivíduos da mesma cor. Puseram-lhe, ignora-se porque motivos, o nome de “Pekin”.
Nesse teatro tudo é negro; o arquiteto é negro, negro o diretor, negros os artistas, os músicos, os maquinistas, todo o pessoal.
Quais serão os espetáculos oferecidos pelo “Pekin”? Dançar-se-á apenas o samba, ao som dos ensurdecedores instrumentos africanos. Eis o que ainda se ignora, fora de Chicago.
Tudo, porém, leva a crer, que as peças do repertorio, se as houver, serão do gênero sombrio e cheias de idéias negras. E quanto a tragédias, excluídas todas as que forem escritas em versos brancos...

*Matéria repetida no tema IRONIZANDO

Tema: RAÇA

Orgão de imprensa: A BAÍA

Data da notícia: 28-04-1905

Ano: Ano: VIII

Número: nº: 2772

Dia da semana: Sexta-feira

Página: 2

Coluna: 3

Caderno:

Manchete: VÁRIAS

Texto:

{...}
João Samson é um negro alegre, que gosta às vezes de se divertir. É um ventríloquo de Queenstown (Maryland), que tem as idéias muito menos pretas que a pele. Nada o detém quando ele deseja dar leve curso ao seu humor folgazão, nem sequer respeita a morte.
Encontrando ultimamente um cortejo, fúnebre composto inteiramente de pretos que acompanhavam um camarada à sua última morada, meteu-se no cortejo.
No momento em que os carregadores do caixão tratavam de o descer até ao fundo da cova, uma vez cavernosa, que parecia sair do interior do esquife roncou:
-Devagar, meus velhos, devagar, sem?
Os negros sentiram as pernas bambas.
-Devagar já disse brutos! Vão me deixar cair e quebrar-me as pernas!
Horrorizados, desta vez os negros largaram o caixão, deixando-o cair no
Fundo da cova e fugiram, correndo a todo o pano.
Só ficou no lugar o faccioso João, que se ria às gargalhadas.
Ele contou o caso alguns dos seus amigos; a coisa fez barulho, e o “John” foi preso... para explicações.

*Matéria repetida no tema IRONIZANDO

Tema: RAÇA

Orgão de imprensa: A COISA

Data da notícia: 18-02-1900

Ano: Ano: III

Número:

Dia da semana:

Página: 1

Coluna: 3

Caderno:

Manchete: AOS “BRANQUINHOS” DE “O TROCISTA”, DE MACEIÓ

Texto:

Danou-se desta vez O Trocista! e atira-se sobre nós raivoso, enfurecido, como que querendo estraçalhar-nos o calcanhar.
De desequilibrados, nojentos, asneirentos,etc. nos faz as festas! Por milagre de Deus, os redatores da preciosa jóia da imprensa alagoana não cometeram a leviandade de chamar-nos de desfrutadores dos maricas!
Um enteado despeitado não diz do padrasto tanto quanto de nós disseram aqueles rapazes.
Coitados! Talvez, quem sabe?...Os enganos...
Por isso não lhes ficamos querendo mal, nem tão pouco pelas injurias que nos alvejaram. Cada um dá o que tem, diz o adágio.
Estamos certos de que se os moços de O Trocista, no lar ou no meio em que vivem, estivessem acostumados a ver praticada a delicadeza nos teriam tratado menos severamente.
Sem, senhores! A Bahia é a terra dos negros! Mas entre eles, na doce paz da amizade, unidos como irmãos, vivem distintos alagoanos, que abandonaram o lar da família, a terra em que nasceram em procura de um meio de vida mais futuroso.
Sem, Senhores! A Bahia é a terra dos negros, assim como a vossa é, por excelência, a dos brancos.
Acreditamos que dos imigrantes que vieram do continente africano para o Brasil nem um, ainda que como espécime, tivesse desembarcado lá; todos vieram para a hospitaleira Bahia.
É provável que, o africano não tivesse entrado, como elemento etnográfico, na formação do povo de que sois filhos,- que é um povo à parte ao Brasileiro.
( continua na Pág.02 )
Não (...) admirar que (...) trocista que seja (...), filho ou parente de negro. Todos lá são brancos, branquinhos como o leite que os amamentou!
Têm razão os albinos de O Trocista de encher a boca de negro!
Negro – não é só aquele a quem a natureza deu a epiderme a que tanto detestais, porque há brancos negros, cujo contato avilta, cujas ações repugnam, tão asquerosos que são repelidos por toda a sociedade honesta e sã.
Negro – era Cruz e Sousa, e não foi por isso que deixou de ser um poeta sentimental e inspirado, e tão justamente aplaudido!
Filhos de negro, descendentes desta raça que o estulto preconceito da humanidade até hoje amaldiçoa têm sido grandes homens, se não os vultos mais eminentes do Brasil!
O grande Deodoro da Fonseca era mulato.
Negros – são os redatores de O Trocista, que não enrubescem ao cuspirem torpes injúrias e doestos, esquecidos de que é dever de todo cidadão tratar com urbanidade a seu semelhante!
Negros! – porque cheios do mais repulsivo bairrismo, ousam insultar um povo irmão e respeitável, que nos fastos da história de nossa nacionalidade ocupa lugar saliente!
Antes de sermos brancos ou negros, alagoanos ou baianos, sejamos brasileiros, pois que se a Bahia é uma terra de negros, não é exclusivamente em detrimento seu, o é também no da grande Nação em cujo carta geográfica figura ela como estrela de inofuscável brilho.
Por que esse ódio contra aqueles de nossos semelhantes a quem a natureza não aquinhoou com a branquidade da cor, que nem sempre revela a pureza da alma?!
Sejamos todos brancos, mas brancos pelo procedimento, pelo caráter, que um dia a natureza se incumbirá de corrigir o seu erro de haver plantado entre os homens a divisão pela epiderme, fundindo nos em uma só raça, uma vez que “esse elemento etnográfico não será daqui a alguns anos mais do que uma triste lembrança”.
Na “terra do Sr. Vianna”, como dizem SS.SS., há caruru e vatapá, como na do Besouro, pindaíba, e sururu’ e jacaré, que é de que se alimenta, quase exclusivamente, sua população.
Sempre queríamos ver se algum dos senhores desse um passeiosito até cá não provaria do caruru e vatapá que as baianas sabem preparar tão saborosos, e que vos dá tanto que falar, talvez de apaixonados!
Pelo fato de havermos dito, ao ler o espirituoso anúncio de O Trocista – Bombas – “que os estudantes que seguem d’aqui vão comprar exames e não as tais”, acusam-nos de defensores da fosforescência.
Longe de nós advogar a malandragem.
Quando por aquela forma nos enunciamos, caros Senhores, estávamos escudados na verdade dos fatos: - Em vossa terra o examinador vende uma aprovação por 50$000!!! – dizê-lo jornal de lá mesmo; e o estudante que sai do seu Estado para ser aprovado lá? Não leva, é certo, nenhum cabedal de conhecimentos, mas, em compensação, pode comprar um lente, dois e três, porque estes dão tanto apreço ao ensino público quanto à própria dignidade.
E isto ( não é preciso corar ) dá-se em uma terra de brancos, em que não há analfabetos, onde todos nascem sabendo ler, escrever e contar, e só os redatores de O Trocista não aprenderam a ser delicados!
Louvado seja Deus!!...
Ah! maricas de uma figa, se os apanhamos aqui não vos castigaríamos com bolos nem puxões de orelha, como nos prometestes; simplesmente havíamos de dar-vos umas palmadinhas, mesmo com A Coisa, em retribuição às insolências com que nos mimoseastes.


Esta matéria iniciou-se na 3ª coluna da 1ª Página e terminou na 3ª coluna da 2ª Página, na parte superior da mesma.

Tema: RAÇA

Orgão de imprensa: JORNAL DE NOTÍCIAS

Data da notícia: 24-04-1900

Ano: Ano: XXI

Número:

Dia da semana:

Página: 2

Coluna: Crônica

Caderno:

Manchete: NOSSAS COISAS

Texto:

Uma das originalidades que mais provocam a surpresa dos que visitam esta capital é a completa ausência de polícia municipal, a semelhança do que existe, em toda aglomeração humana, desde da maior, até da mínima importância, em todo o orbe civilizado, e cuja falta torna improfícuas as leis ou posturas das autoridades encarregadas da administração e da polícia do município.
Se entre nós existisse um organismo tão necessário, numa capital da importância da nossa, não teríamos o dissabor de presenciar diariamente tantos fatos depoentes de nossos foros de povo civilizado e culto.
Entre outros, os nossos cais não apresentariam o aspecto repugnante de uma aldeola africana; não estaríamos envergonhados com o triste espetáculo de uma turba multa de meninos, rapagões e adultos a vender bilhetes de loteria, n’uma gritaria atroadora, em vez de se dedicarem a algum trabalho útil, para se e a sociedade.
Não se atiraria toda sorte de dejetos na via pública.
os engraxates não atravancariam os passeios, no exercício de sua profissão. As portas das casas não seriam utilizadas para quitandas.
Ruas e praças não seriam transformadas em coradouros de roupas, e em roças para criação de aves domesticas. Os carroceiros não dariam um trato tão desapiedado a seus pacientes auxiliares. Os laboriosos matutos, que vem trazer os poucos produtos de sua lavoura assim como os indefesos e trôpegos velhos, não seriam vítimas das chufas e pedradas de uma garotagem infrene; etc. obrigados de limitar a esta pequena resenha, a fim de não nos tornamos demasiadamente fastidiosos, os inúmeros fatos que colaboram a imprescindível necessidade de ser esta capital dotada de uma boa polícia municipal.

Tema: RAÇA

Orgão de imprensa: JORNAL DE NOTÍCIAS

Data da notícia: 23-06-1900

Ano: Ano: XXI

Número: nº: 6126

Dia da semana:

Página: 1

Coluna: Editorial

Caderno:

Manchete:

Texto:

(Nota sobre os casos de abusos praticados por policiais na Ladeira do Taboão, prendendo dois homens inocentes, que haviam saído para realizar tarefas a mando dos seus patrões, e os obrigando a lavar a delegacia daquela circunscrição, localizada no Carmo).

Tema: RAÇA

Orgão de imprensa: DIÁRIO DE NOTÍCIAS

Data da notícia: 01-11-1900

Ano: Ano: 27

Número: nº 8

Dia da semana: Quinta-feira

Página:

Coluna:

Caderno:

Manchete: BRANCO E PRETO

Texto:

Toda a gente de cor da região nordeste de Missuri, Estados Unidos, acha-se muito agitada pela morte violenta de um pregador negro o revmo. William Jonhston, morto em Marysville pelos agentes de polícia encarregados de acompanhá-lo à cadeia.
O revmo. Jonhston compareceu a um tribunal acusado de insulto a uma mulher branca, sendo condenado a nove meses de cadeia.
Ele temia muito ser executado sumariamente, ser linchado e pedira a um amigo dois revolveres para sua defesa.
Ao saber do tribunal depois da sentenças, o revmo. Jonhston viu-se cercado de povo e acreditando que queria linchá-lo encostou-se a uma parede, empunhando os revolveres, decidido a vender caro a vida.
Então os policiais alegando resistência do preso, mataram-no a tiro.
É preciso notar que semanas antes o revmo. Jonhstom pronunciara em Chicago um sermão notável em que aconselhara aos negros de lutar com armas na mãos com os brancos que os quisessem linchar.
A queixa de injuria a uma senhora, o que não estava nos hábitos do pregador, é considerada no Missuri como pretexto para levá-lo cadeia e aí linchá-lo.

Tema: RAÇA

Orgão de imprensa: DIÁRIO DE NOTÍCIAS

Data da notícia: 20-03-1903

Ano: Ano: XXIX

Número: nº 5

Dia da semana: Sexta-feira

Página: 3

Coluna: 1

Caderno:

Manchete:

Texto:

Washington,19
O senado americano rejeitou a nomeação de um negro para o cargo de recebedor da alfândega de Charlstown.

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